Ser

            Todo mundo tem direito aos seus quinze minutos de fama. Será? Uma quantidade cada vez maior de pessoas ganha dinheiro apenas por serrem vistos, com anúncios, por exemplo. Existe uma rede comercial enorme de produtos (revistas e/ou programas de TV) que vendem pessoas. E o sonho de consumo de uma pancada de jovens e adolescentes é ser celebridade.
            Aparentemente, algumas pessoas sofrem uma crise de identidade na qual “ser” se tornou sinônimo de “aparecer”. A possibilidade de acesso a mecanismos midiáticos ajudou a gerar essas “celebridades instantâneas” que ganham popularidade apenas por um gracejo ou exposição em determinado ambiente (reality shows).
            Mas, do mesmo jeito que explodem em popularidade do nada, lá se vão do dia pra noite. Raros os que ficam. Porque, para isso, precisa ter conteúdo. Precisa ser, de fato, alguém com potencial, cujo destaque veio por consequência.
            Quantas pessoas, mesmo distantes do show business, não usam o título, cargo ou sobrenome para dizer que são importantes? Várias! Mas relevância – principalmente sabedoria – não se diz, se demonstra. Em vez de dizer que é bom em algo, seja bom e deixe que o reconhecimento surja naturalmente.
            Narciso se apaixonou pela própria imagem, e morreu. Igual a ele, gastamos todo nosso tempo e energia admirando um espelho de aparências. Não nos damos conta, porém, de que aquilo disposto em nossa frente é falso e ilusório. E não faz de nós pessoas melhores.


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