ENEM?
É consenso entre os pesquisadores em educação que o ensino precisa mudar; deixando de lado a decoreba e se aproximando da vivência dos estudantes. Há uma ou outra discordância sobre como isso poderia acontecer, mas todo mundo defende que sim. E que o Ensino Médio é um bom laboratório para se introduzir essa experiência. Foi o que o MEC pensou em fazer quando surgiu o PDE. E o mecanismo utilizado pelo governo foi o Exame Nacional do Ensino Médio (o malfadado ENEM).
A lógica do governo federal era simples: forçando os alunos a fazer o ENEM, se força a escola a dar aula do modo do ENEM. Que fique claro o modo do ENEM sempre foi aquele com competências e habilidades, mesmo antes da mudança. Fazer com que a nota do exame valesse para as universidades país a fora – principalmente as federais – foi uma tática fácil para o MEC, que já aplicava a lógica para o PROUNI.
O problema é que o ENEM se tornou uma prova muito grande, com muitos alunos, que depende de uma estrutura dos poderes estaduais e municipais (nunca se sabe se isentos) e, cá pra nós, a gráfica que venceu as licitações do exame tem deixado a desejar. O somatório de todos esses fatores pode ser reduzido em uma palavra: erro. Algo que todo mundo sabia que ia acontecer, mas foi obrigado a fingir que não porque queria um lugar ao sol universitário.
Agora que o erro aconteceu, estamos todos (eu dentre eles) esperando para ver no que dá! A justiça briga consigo mesmo sobre o que seria menos pior para os estudantes. O MEC promete mundos e fundos para salvar o que resta da dignidade do exame. E Lula, da África, finge que tudo foi um sucesso. Mais uma vez o MEC prova sua incompetência.
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