"Somos e seremos os campeões de energia limpa. O Brasil continuará preservando suas reservas. O etanol e as fontes de energia hídricas terão grande incentivo, assim como as fontes alternativas: a biomassa, a eólica e a solar." Frase dita pela recém eleita a presidência, Dilma, em seu discurso de posse.

Antes do ícone Marina Silva se candidatar a presidência da república, não me recordo de candidatos citando o desenvolvimento sustentável como prioridade. Muito menos, de presidentes eleitos deixarem espaço no discurso para as energias alternativas, as que temos como principais: solar, eólica e de biocombustíveis.

A desculpa que muitos trazem pra não levantarem mais discussões sobre o tema é que energias limpas são caras. E são. Mas não observam que o Rio grande do Norte, estado nordestino, tem potencial para geração de energia a partir dos ventos, fonte inesgotável de energia que poderia abastecer locais onde a rede elétrica comum não chega. E nem que é compensador trabalhar com a energia solar, que tem alto custo na compra e instalação das placas, porém a vida útil de uma placa pode chegar a 30 anos – dados dos pesquisadores do IF-RN, o físico Paulo C. da Silva Filho e o estudante de eletrotécnica, Rafael Ramon Ferreira.

Por que motivo a energia solar é utilizada na Europa em países como Alemanha, para sistemas de irrigação, e na Suiça foi aplicada a tecnologia fotovoltaica* em um estádio de futebol, países que tem menos incidência de luz durante o ano do que o Brasil, e aqui não exploramos a luz?

Verificamos através destes exemplos que existe uma relação válida de custo-benefício e mesmo assim não avistamos o grande incentivo a essas energias, o compromisso com a preservação das nossas reservas, ou empenho em questões concernentes ao meio ambiente. Quando seremos os campeões de energia limpa mesmo?