O trambolho!



            Muito bem colocado o texto do Gilton sobre Ead (O que é EaD?). E levanta algumas colocações mais amplas sobre a educação. O modelo que vivenciamos em qualquer escola pública é velho conhecido: aquele em que os alunos são colocados nas cadeiras e os professores ficam no quadro (de giz!), e a decoreba e transmitida passivamente de um pólo a outro. E qualquer desinformado é capaz de perceber que isso não tem dado certo.
            Há pelo menos sessenta anos, se discute uma mudança no perfil educacional a nível global. Uma em que os conteúdos encontrem retórica na vivência dos alunos, onde se aprenda noções em vez de decorar fórmulas, onde se construa o conhecimento e não se adquira nota, onde as pessoas interiorizem as ferramentas tecnológicas em vez de usarem livros defasados. Todas essas medidas, e muitas outras, são consenso entre os estudiosos da educação. Mas não tem isso muito longe disso.
            O Brasil só se tornará um país desenvolvido quando todos tiverem acesso à educação de qualidade. Nossa rede pública de ensino, entretanto, ainda é um trambolho. Desestímulo dos profissionais, corporativismo sindical, desinteresse dos gestores e má (má? péssima!) gestão dos recursos públicos. Constantemente, estudantes de escolas particulares conseguem as principais vagas nas universidades públicas. E não, a cota não é um mecanismo que realmente solucione nosso problema.
            A gente tem que começar da base, sem falsear a verdade, com capacitação e revolucionando metodologicamente a escola e a sala de aula. A Ead pode contribuir para isso. Mas a educação presencial também, desde que se façam as mudanças necessárias. Creio que o que o Gilton quis passar na postagem dele foi que nenhum tipo de educação é boa ou ruim, desde que seja bem aplicada. Afinal, está no espírito do ser humano o gosto pela aprendizagem.


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1 Response to "O trambolho!"

  1. Unknown says:

    A realidade da relação ensino/aprendizagem é mesmo crítica num país feito o nosso. Analisando os modelos presenciais, semi ou nenhum podemos identificar as necessidades e por que não dizer as oportunidades também. Observamos uma desvalorização da figura do educador, a má infra-estrutura nas escolas, a realidade dos discentes nos fatores socioeconomicos e culturais, mas nada pode ser aperfeiçoado numa relação que não existe a aproximaçaõ de ambos. Nas novas modalidades propostas podemos notar como foi colocada a presença marcante da tecnologia, num processo de globalização frequente a favor de poucos, elementos implicitos em seu discurso tão modernizador. Acabando com a relação professor/aluno, mas por outro lado, permitindo que o acesso a educação seja algo facilitador. Portanto, tudo é válido para o conhecimento, o problema é os resultados obtidos no final de tudo isto, até porque nosso governo mantém a educação como prioridade, mas não para o bem de seus indivíduos, e sim para o bem do orçamento do país. Fazendo reformas, cortando gastos, enchugando grades curriculares dos cursos profissinais e expandindo EaD’s pelo país. Com isto transforma-se a direção do ensino, passando para “o povo” o básico, tornando a compreenção da realidade cada vez mais restrita, nas mãos dos intelectuais, fanáticos pelo marxismo que só querem a revolução, dividir os bens de quem tem e dar aos que não tem, almejando viver num sistema sem exploração, fome, violência e tantos itens que não caberíam num comentário elusivo como este.

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