As baixarias da campanha



                Pra quem tá começando a ligar pra política, a troca de baixarias a qual a eleição corrente nos apresenta é um dês-estímulo. Para quem ainda nem começou, não há muitos motivos para isso. A verdade é que para um jovem, o mundo está começando agora, com tudo ainda por construir. Por isso, nessa fase da vida, nos identificamos mais com a discussão de projetos de governo. Ao contrário disso estão as acusações e regurgitações do passado.
            Dilma e Serra discutem o passado porque nesta fase da campanha, vale mais tirar votos do que ganhá-los. Numa disputa com dois candidatos, um por cento que um perca é um por cento que o outro ganha; e o resultado disso é dois por cento de vantagem. No aperto que as últimas pesquisas tem mostrado – ressalve-se a minha crença nas pesquisas – uma entrevista pode definir a eleição.
            Em termos programáticos, isso é preciso lembrar, os dois ficam devendo. Dilma se perdeu na quantidade de versões de seu programa de governo, tentando corrigir propostas polêmicas como “controle da imprensa”, até decidir que não valia a pena perder tempo com isso. Serra fez pior; pegou o Ctrl+C Ctrl+V de dois discursos e despachou para o TSE, apesar de o PSDB ter uma comissão de planos de governo.
            O que eu quero dizer é quea noção de campanha política foi distorcida. Hoje, é mais provável que alguém pense nela como um antro de corrupção, não numa forma de representação popular. Prova disso é que você, provavelmente, preferia estar lendo um texto de qualquer outra seção que não esta. Sinal de está na hora de acabar – o texto e as baixarias da campanha.


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