Dinheiro público para o Centro de Memória presidente Fernando Collor!



            No sábado passado o colunista Lauro Jardim, que comanda a coluna Radar da Veja, publicou no site da revista a seguinte matéria (aqui):

            “Dinheiro público, arrecadado por meio de renúncia fiscal de empresas, financiará parte de um centro destinado a cuidar da memória documental da passagem de Fernando Collor pela Presidência da República. O Ministério da Cultura liberou o Centro de Memória Presidente Fernando Collor (sim, existe um) para captar 392 000 reais, via Lei Rouanet.
É óbvio que o acervo do período Collor deve ser preservado. Seria melhor, no entanto, que a papelada fosse entregue a instituições como a FGV, que já cuida de acervos de vários políticos. O Brasil não precisa de mais um instituto chapa-branca.
Há pelo menos um ano o projeto do centro de Collor está sendo tocado em um espaçoso terreno cercado por muros altos, localizado simbolicamente em frente à Casa da Dinda – a residência oficial que teve sua reforma paga pelo notório PC Farias. Sem alarde, uma equipe tem trabalhado na catalogação do acervo de Collor.”

            Ela, como se vê trata do repasse de R$ 392 mil para o Centro de Memória Presidente Fernando Collor. O Centro tem por objetivo preservar a memória do período em que o senador ocupava o cargo máximo da república brasileira. O que assombra, além do valor, é a possibilidade de empregar dinheiro público na construção da memória política de Collor. O dinheiro vai ser capitalizado através da lei Rouanet, criada para incentivar a produção cultural brasileira. A lei Rouanet permite que empresas deduzam do seu imposto o dinheiro utilizado no financiamento de bens culturais. Filmes históricos foram produzidos assim. Mas será que essa lei se encaixa mesmo com o objetivo do Centro de Memória Presidente Fernando Collor?
            Difícil saber. Afinal, não se sabe quais vão ser os principais trabalhos desenvolvidos pelo Centro. Outras entidades foram criadas por políticos de destaque para realizar papeis diversos. A mais famosa talvez seja a Fundação Getúlio Vargas, com forte teor educacional. Vindo de Collor, porém, o foco do Centro pode ser outro. Desde que deixou a presidência, o senador busca recontar sua história a partir de um ângulo que lhe seja mais complacente. Essa entidade pode ser a tentativa de limpar a imagem do ex-presidente. E quem vai pagar a conta é você!


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