Assassinato
Tava assistindo a um desses documentários científicos na TV e me ocorreu um pensamento muito singular: por que as pessoas matam? Vejam, não estou falando dos fatores pontuais, como brigas de bar ou adultério. Estou falando dos motivos profundos. Pense em quantas pessoas já se mataram na história da humanidade por terra, dinheiro, poder, religião, ou mesmo por causa de outras mortes. É uma cifra insana.
Deixo meus leitores livres para acreditarem ou não em Deus. Em ambos os casos, a vida é a coisa mais improvável que a humanidade pode imaginar. A vida consciente, mais ainda. Eis o maior motivo pelo qual não deveríamos matar. Porque a vida é sagrada, no significado mais amplo que esse termo permite.
É por isso que todas as pessoas querem viver. Mesmo os suicidas, o exemplo que você provavelmente pensou para derrubar minha colocação. Os suicidas também querem viver, embora eles não desejem ter a vida que têm. Viver é inato aos seres humanos e a interrupção disso é a coisa mais terrível que alguém pode provocar.
Acho que matar é algo que continuaremos fazendo, infelizmente. Se a humanidade conseguisse extinguir ao menos essa chaga de sua participação no planeta, teríamos evoluído imensamente. Não só porque permitir a existência do outro é uma forma de permitir nossa própria existência. Mas porque isso é a coisa mais saudável que se pode fazer pela vida.
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